Sistema de Produção do Morango
Colheita e pós-colheita
Os morangos são frutos muito perecíveis, portanto as perdas pós-colheita podem alcançar níveis importantes, caso não sejam utilizadas técnicas corretas de colheita e pós-colheita. Estas perdas podem ser de caráter quantitativo e/ou qualitativo, o que implicará em prejuízos para o produtor, o comerciante e o consumidor.
Os morangos, enquanto cultivados em condições de campo, estão respirando e continuam a fazê-lo durante a fase de pós-colheita. De acordo com o modelo de respiração, as frutas podem ser divididas em: climatéricas e não climatéricas, o morango está no grupo das frutas não climatéricas nas quais ocorre uma diminuição gradual da respiração e não há produção de etileno endógeno.
Após colhidos, os frutos não podem ser abastecidos de nutrientes e água como quando estavam na planta, esse fato os tornam deterioráveis após a colheita. O sabor do morango é um dos mais importantes aspectos de qualidade exigidos pelo consumidor, sendo condicionado em parte pelo balanço açúcar/acidez do fruto.
A pré-classificação dos frutos durante a colheita é muito importante, devendo ser eliminada toda fruta deformada, danificada por fungos ou insetos ou muito madura.[Os processos de conservação dos frutos passam por: resfriamento rápido, armazenamento refrigerado, atmosfera modificada e tratamentos com co2, transporte em condições especiais].
A colheita começa aproximadamente aos 60/80 dias após o plantio das mudas, dependendo das condições climáticas, do tipo de solo, dos tratos culturais, do método de produção de mudas e da cultivar, podendo-se prolongar por 4 a 6 meses, em função do fotoperíodo e disponibilidade de água. A época de colheita varia de agosto a dezembro em regiões mais frias, como o Sul do Brasil.
A colheita do morango é uma das operações mais delicadas e importantes de todo o ciclo da cultura. Os frutos do morangueiro são muito delicados e pouco resistentes, em virtude da epiderme delgada,