Características físicas e químicas de dois estádio de maturação do morango ‘camino real’ orgânico.

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1 – INTRODUÇÃO

O morangueiro pertence à família das Rosáceas e ao gênero Fragaria (SIQUEIRA, 2009). É uma planta herbácea rasteira por possuir folhas e caules, que murcham no fim da temporada de crescimento ao nível do solo, e, embora tenham características de cultura perene, onde não há necessidade de se replantar, é cultivada como anual (CALVETE, 2008). É um pseudofruto não climatérico, cuja parte comestível apresenta a polpa avermelhada com excelente sabor e aroma. É confundido com o fruto mas na verdade o fruto propriamente dito é o aquênio, que são as pequenas pontuações de cor marrom (LIMA, 1999). Seu cultivo é apropriado para regiões de clima temperado e subtropical. No Brasil, os estados que mais cultivam o morango são Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul. As cultivares de morangueiros mais utilizadas no Brasil provêm dos Estados Unidos, destacando-se Aromas, Camarosa, Dover, Oso Grande e Sweet Charlie (CALVETE, 2008). Uma das novidades no mercado brasileiro é a cultivar Camino Real, vem sendo desenvolvida na Universidade da Califórnia, em 2001, e, recentemente, introduzida no Brasil. Essa cultivar apresenta alta capacidade de produção, as plantas são pequenas, compactas e eretas. Os frutos são de sabor agradável, grandes, firmes, com epiderme e polpa vermelho-escuras, sendo recomendados para o mercado in natura e para indústria. Essa cultivar é relativamente resistente à antracnose e às podridões do colo e do rizoma (OLIVEIRA; SCIVITTARO; FINKENAUER, 2008). Apesar de suas excelentes características sensoriais, o morango é um fruto que apresenta alta perecibilidade pós-colheita devido, principalmente, sua intensa atividade metabólica e limitada vida pós-colheita, em virtude dos altos teores de umidade, açúcares e ácidos. Com isso, torna-se um substrato ideal para a proliferação de organismos fitopatogênicos que causam consideráveis danos durante o amadurecimento, transporte e armazenamento à temperatura ambiente (SIQUEIRA, 2009). Ultimamente