Sistema das cores
Instituto de Letras e Ciências Humanas
Ano Letivo 2011/2012
Seminário de Estudo Orientado IV
Docente: Manuel Curado
Discente: António Emanuel Rodrigues – 61128
1. Introdução
“Eu comecei a considerar este objecto (o estudo das cores) por uma mera curiosidade: achei-o tão belo, e interessante, que lhe dediquei por algum tempo a maior reflexão. Os resultados das minhas contemplações é tudo o que tenho escrito no Tratado das Cores, na Dissertação sobre as Cores Primitivas, e neste Breve Tratado sobre a Composição Artificial das Cores: as quais obras devem considerar-se não como impugnações de qualquer opinião, ou doutrina recebida, mas sim como uma sincera exposição das minhas ideias a respeito das cores, sem outra pretensão que não seja fundada na imparcialidade absoluta e no constante amor da Verdade” (Sampayo, 2008:41).
O “Tratado das Cores” foi publicado na ilha de Malta no ano da graça de 1787. Diogo de Carvalho e Sampayo viveu no século das luzes e, embora em ciência fosse autodidata, estudou em profundidade as cores. Tem três livros sobre o assunto, além do já referido Tratado, publicou em 1788 em Lisboa a “Dissertação sobre as cores primitivas com hum breve tratado da composição artificial das cores”. Não apenas um mas todos estes livros são enumerados por Johann Wolfgang von Goethe, na sua famosa “Farbenlehre” (“Teoria da Cor”).
Inicialmente, procuro focar-me um pouco na biografia de Diogo de Carvalho e Sampayo, posteriormente foco-me no sistema das cores, mais propriamente na Dissertação sobre as Cores Primitivas e no Breve Tratado sobre a Composição Artificial das Cores, bem como nos seus respetivos capítulos, secções, definições e axiomas. Em geral, procuro refletir sobre os aspetos que considero mais importantes, através da análise da obra O Sistema das Cores de Diogo de Carvalho e Sampayo.
2. Biografia de Diogo de Carvalho e Sampayo