Sintaxe nos livros didáticos
A sintaxe, é a parte da gramática que estuda a disposição das palavras na frase e das frases nos discursos, incluindo a sua relação lógica, entre as múltiplos combinações possíveis para transmitir um significado. Na linguística, a sintaxe é o ramo, no qual estuda-se os processos generativos ou combinatórios das frases das línguas naturais, com o intuito de especificar a sua estrutura interna e o seu funcionamento.
O livro didático, é o principal instrumento de trabalho do professor. Ao analisar as propostas que o mesmo traz para a sala de aula algumas questões suscitam em nossas mentes como por exemplo, o que ensinar, para quem ensinar, por que ensinar e para quem ensinar. A primeira impressão que temos, ao analisar o livro didático, no que compete a sintaxe, é que, os mesmos estão muito arraigados quanto a abordagem formalista, limitando-se apenas á estruturalização das frases de maneira fortemente fundamentada na gramática normativa. E é isto que podemos afirmar usando como exemplo questões dos livros ''Falando a mesma língua'' (Ferreira e Almeida, 1994), e no ''Português'' (GUINDASTE, 1996).
Em ''Falando a mesma língua'', questões tais como:
Os exemplos (1) e (2), correspondem aos exercícios tradicionais para identificar, completar e classificar orações, portanto, não apresentam nenhuma novidade. Todavia, este livro atribui grande relevância aos conteúdos gramaticais, especialmente à sintaxe trabalhada fora da produção textual, negligenciando a produção do texto vinculado à reflexão gramatical.
Por outro lado, o ''Português'', aborda as orações como uma atividade de produção textual, à medida que contempla os aspectos de coesão e coerência textuais. Isto, por sua vez, requer uma compreensão contextualizada do emprego das orações reduzidas e do uso de certos conectores, com o objetivo de que o aluno possa relacionar as orações organizando o texto para a produção de