SINTA O DRAMA

Universidade Federal da Bahia
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Departamento de Sociologia
Resenha

A autora Iná Camargo Costa inicia seu trabalho anunciando que desde os anos vinte havia a tentativa de sintonizar o teatro produzido aqui no Brasil com o que ocorria no restante do mundo. Afirma ainda que foi com o nascimento do Teatro Brasileiro de Comedia – TBC em 1948 que finalmente se instaura um espaço do teatro moderno no Brasil (COSTA, 1998, P. 12).
Para ela a nomenclatura “moderno” é utilizada não só para romper com uma outra perspectiva anterior, mas também “por identificar uma postura em relação ao teatro bastante afinado com o período (de “modernização”) que se abre no Brasil como segundo pós-guerra e o fim da ditadura Vargas” (COSTA, 1998, p. 12-13). Acrescenta ainda em nota de rodapé que a geração que deu origem ao TBC é fruto da experiência da semana de 22 e a modernidade generalizada trazida pela Revolução de 30.
Nessa tentativa de contextualizar e de explicar o porquê do uso da nomenclatura moderna e tentando também estabelecer, em certa medida, sua filiação ideológica marxista, a autora registra que mesmo considerado que a opção de Sábato Magaldi por “teatro contemporâneo”, no texto citado, de um ponto de vista cronológico talvez seja mais adequada, tentarmos mosytrar que as duas expressões apresentam problemas quando referidas ao teatro que se passou a fazer no Brasil depois de 1948. (COSTA, 1998, p.13)
E finalmente nas suas próprias palavras Costa informe que o teatro moderno compreende o processo histórico desencadeado pela crise da forma do drama através da progressiva adição de recursos próprios dos gêneros líricos e épicos que culminou com o aparecimento de uma nova forma de dramaturgia – o teatro épico. (COSTA, 1998, p.14).
Nessa discussão do que ela mesma tenta definir como teatro moderno, aponta novamente em nota de rodapé que sua tentativa é distinguir o termo utilizado por ela própria de teatro moderno do objetivo de