Geertz, C. A Transição para a Humanidade. Em S. Tax (Ed.) Panorama de Antropologia. Rio de Janeiro: Fundo Cultura, 1966. Pp. 31-43.
O autor abre o texto falando sobre o parentesco do homem com os animais e que isso tem sido uma questão que não se altera nas ciências humanas, que sempre há esse debate mas nunca é totalmente esclarecido, e isso já vem acontecendo desde Darwin.
Diz que os estudiosos, principalmente das Ciências Biológicas, procuram enfatizar esse parentesco que o homem tem com os animais, e que tendem a ver todas as formas de evolução da vida “apenas como uma das mais interessantes” (p. 31), seja um dinossauro seja um rato-branco, seja o homem.
Mas já para os estudiosos de Ciências Sociais, mesmo não negando a natureza animal do homem, dizem que é o único que tem cultura, por ser um animal que fala, adota símbolos, apenas o homem sabe que morrerá, que ri, que fabrica seus instrumentos, etc.
Afirma que os antropologistas são os que mais estudam a evolução física do homem, traçando etapas desde um ancestral primata até o homem moderno, essa conhecida como a evolução humana. E esses também, são os estudiosos por excelência da cultura, sendo que até eles próprios não tem uma ideia muito clara do que seria cultura.
Explica que em algum momento da humanização na família de algum primata, teve uma alteração orgânica, presumivelmente, na estrutura cortical, que fez com que os animais onde antes eram incapazes, “segundo as palavras de Kroeber, de “exprimir-se, aprender, ensinar, e de fazer generalizações a partir da infinita cadeia de sensações e objetivos isolados”, se tornasse capaz de tudo isso.” (p.33)
Geertz fala que existe um abismo entre os parentes próximos (vivos) do homem, os grandes símios, comenta novamente que o homem é o único capaz de fabricar instrumentos, adotar símbolos etc, e “Nenhum animal, dos que existem atualmente, consegue, sequer, realizar algo que disso se aproxime.” (p.33)
Um casal de estudiosos fizeram um experimento no