Sindicatos
II - HISTÓRICO
No passado longínquo não havia sindicatos. Eles nasceram, timidamente, em alguns países da Europa e seu surgimento confunde-se, relativamente, com o surgimento da Revolução Industrial. É bem verdade que, na França do século XVIII, já havia entidades que podem ser chamadas de sindicatos, embora sua configuração fosse muito diferente do que conhecemos nos dias de hoje. Neste país, os organismos predecessores dos sindicatos eram denominados de associações de companheiros.
Os sindicatos do passado não passavam de pequenas organizações, composta de trabalhadores, que lutavam no sentido de obter alguma melhoria no meio profissional, enfrentado toda fúria do patrão e dos governos. Nessa época, os sindicatos nada mais eram que pequenos esboços organizacionais, sem força, sem prestígio, c sem qualquer status social.
Entrementes, percebeu-se que sua principal fonte de força era a greve, razão, pela qual passou a contar com a hostilidade da ordem institucional então estabelecida. Em muitos países da Europa, o Estado liberal, surgido a partir da Revolução Industrial, procurou reprimir toda forma e espécie de organismos sindicais ou assemelhados. Foi até mais além. Em vários desses Estados, a associação de trabalhadores, para a defesa de interesses trabalhistas, e a greve tornaram-se condutas ilegais capituladas como crimes. Na Inglaterra, a título de exemplo, o direito de coalizão foi proibido por lei, em 1799.
Mas na própria Inglaterra que o direito sindical desabrocharia, ainda que lentamente. O desenvolvimento sindical naquele país .pôde seguir sua marcha através de lei editada em 1875, e consolidada em 1906.
Por tal norma ilegal foi abolido o delito civil de conspiração contra a Coroa. A liberdade de coalização, na França, somente foi reconhecida em 1884. Já na Alemanha, a Constituição de Weimar, de 1919, consagrava o sagrado direito dos trabalhadores se organizarem para defenderem seus interesses e aspirações. Tal