Sindicalismo e política
Não podemos falar de política sem lembrar dos movimentos sindicais no Brasil. Há mais de 20 anos militando no sindicalismo, venho observando ao longo do tempo as transformações quem vêm ocorrendo nos partidos políticos e a necessidade de uma maior participação dos sindicatos nas decisões partidárias.
Considero que a participação efetiva dos sindicatos neste processo, antes necessária, é democrática. Uma clara demonstração disso foi a “postura” adotada pelo recém-criado PSD (Partido Social Democrático), que viu a necessidade de ter à mesa os principais representantes sindicais. Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores) é um exemplo.
À frente de umas das maiores organizações sindicais do país, chega com força a convite do presidente do partido, Gilberto Kassab, para comandar o núcleo sindical. Minha decisão em deixar o PMDB e me filiar ao PSD também se deu por conta desta nova mentalidade, ou seja: o compromisso de desenvolvermos projetos que atendam aos anseios das classes sociais, em especial a melhor distribuição de renda.
O partido nasce com visão globalizada oferecendo espaço para novas propostas, o que, há muito, não se via na política nacional. Os números mostram os bons resultados. De acordo com o TSE, o PSD foi o segundo partido com maior número de novas filiações até 14 de outubro do ano passado e tem hoje mais de 150 mil filiados no país.
Também como presidente da Federação dos Sindicatosdos Servidores Públicos do Estado de São Paulo, tenho a responsabilidade de os representar negociando com o governo e apresentando projetos de capacitação política de líderes sindicais para atuação nos partidos.
Nossa união se dá pelo fortalecimento desta causa e a nova filosofia em atender as necessidades dos trabalhadores. Penso que esta é uma tendência a ser adotada pelos partidos. O exercício da democracia é um exemplo a ser seguido.
Artigo escrito pelo jornalista