Tipos de Sindicalismo - politicas e estratégias
Numa época em que se assiste a uma profunda mutação do trabalho associada a uma situação de crise, o estudo dos comportamentos sindicais e do conhecimento dos actores sociais do trabalho assume uma especial relevância.
As transformações do modo de regulação da vida económica e social, dominante nos países tradicionalmente industrializados, evidenciam uma crise da relação salarial fordista em que os sindicatos assumiam um papel preponderante na negociação dos salários e dos tempos de trabalho.
Estas transformações constituem um desafio para a modernização das organizações sindicais, de forma a encontrarem soluções que lhes permitam assumir um posicionamento activo sobre as implicações sociais provocadas, quer pela flexibilidade exigida aos trabalhadores, quer pela quebra da homogeneidade dos estatutos no trabalho. Mas os sindicatos enfrentam, ainda, o desafio de fazer crescer a vitalidade sindical, o que pressupõe não só encontrar formas de aumentar as taxas de sindicalização mas também as de participação.
De acordo com o Professor Doutor Paulo Pereira de Almeida, Professor do ISCTE-Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa e investigador, “a modernização das organizações sindicais deve ser – numa democracia avançada – o espaço de intervenção cívica e de suporte à coesão social” .
Este trabalho, estruturado em quatro capítulos, tem como objectivo, na primeira e segunda parte, analisar a evolução do emprego na Europa (a partir da segunda Guerra Mundial) e os tipos e estratégias sindicais desde então desenvolvidas. A terceira e quarta parte visam o estudo das relações sociais de produção em Portugal, nomeadamente nos sectores da banca e telecomunicações, e as respostas encontradas pelos respectivos sindicatos, para fazer face às reestruturações destes sectores, dado que são ainda os sectores que maior número de sindicalizados registam. 1- A evolução do emprego na Europa a partir da Segunda Guerra Mundial
O período