Silogismo demostrativo
Rafael Martini[2]
Resumo: Este artigo tem como finalidade expor de maneira simples e concisa a temática do silogismo demonstrativo presente nos Analíticos de Aristóteles. Nos Analíticos Anteriores Aristóteles busca explicar o que é um silogismo e como ele é formado de maneira geral. Por outro lado, nos Analíticos Posteriores ele irá ater-se especificamente à construção do silogismo demonstrativo e a sua relação com o processo do conhecimento de modo a associá-lo à própria existência das ciências.
Palavras-chave: Analíticos. Aristóteles. Silogismo. Silogismo demonstrativo.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Bem como o nome aponta, os analíticos aristotélicos tem a finalidade de conhecer a natureza das conclusões alcançadas por meio do silogismo. Dessa forma, nos analíticos anteriores, Aristóteles opta por discutir a estrutura e as condições para que haja um silogismo, seja ele qual for. Já, nos analíticos posteriores, ele preza pelo estudo do silogismo demonstrativo, também chamado científico devido à sua estreita relação com o ato de conhecer. Veremos que há a necessidade de seguir determinadas regras para que se possa construir um silogismo demonstrativo. Por fim, percebe-se a importância do silogismo demonstrativo para a ciência.
1 A DOUTRINA DO SILOGISMO
Quando, no processo do pensamento, uma conclusão é atingida por intermédio de proposições e juízos, ocorre o raciocínio. Esta conclusão necessariamente tem que ser afirmativa ou negativa, não existe meio termo. Nos analíticos anteriores, Aristóteles chama o raciocínio de silogismo, que tem origem na linguagem grega e significa, “[...] por extensão, conclusão deduzida a partir de premissas” (ARISTÓTELES, 2005, p. 111). Para identificar as premissas de uma conclusão, as suas causas, deve-se recorrer à analítica[3]. Para Aristóteles, “a premissa é uma oração que afirma ou nega alguma coisa de algum sujeito” (ARISTÓTELES, 2005, p. 111), podendo ser particular,