Risos
Em uma campanha publicitária, a Newsweek dizia ser uma revista informativa, ou seja, sem persuasão. Porém esta é uma forma de persuasão logo, ela não é somente informativa. Podemos perceber aqui que existem dois tipos de persuasão: àquelas mais claras e àquelas menos claras, como esta. É difícil de encontrarmos manifestações discursivas sem a persuasão, pois, discurso e persuasão, estão diretamente ligados. Este livro tem como intenção colocar o discurso persuasivo em jogo.
2) A tradição retórica
Elementos iniciais
É necessário voltarmos aos clássicos para falar sobre a persuasão: foi com os gregos que obtivemos o domínio da expressão verbal. Com seus conhecimentos de democracia se expunham ao público e assim deveriam ser hábeis em argumentação. As escolas tinham disciplinas para ensinar a arte do domínio da palavra, sendo algumas a eloqüência e a retórica – esta última era a disciplina que trazia mais harmonia para a arte e o espírito. Segundo Oswald Ducrot e Tzvetan Todorov essa foi a primeira manifestação a refletir a linguagem como um discurso e não mais como uma língua. Assim, a retórica tornou-se responsável pelo uso da linguagem para convencer. Mas essa visão, com o tempo, passou a significar “recurso embelezador do discurso”, chegando a ser vista, no século XVIII e XIX, como algo pejorativo.
A retórica clássica
O povo grego exercia o poder através da palavra. Filósofos como Sócrates e Platão deixaram relatos sobre a linguagem como meio de soberania, mas é Aristóteles que estuda a sua estrutura e função. Ele escreveu a Arte retórica que é subdividida em partes I, II e III, tendo gramática, lógica, filosofia da linguagem e estatística como alguns de seus temas.
Jean Voilquin e Jean Capelle desenvolveram um roteiro de leitura para o livro. Resumindo ao máximo é um livro com as normas e regras para melhor compreender os procedimentos persuasivos. Aristóteles deixa clara a diferença entre retórica e persuasão; ele vê algo de