Shumpeter
Inicialmente a obra apresenta um modelo de economia estacionário, fundamentado num fluxo circular da vida econômica. Assim, toda a atividade econômica se apresenta de maneira idêntica em sua essência, repetindo-se continuamente. Neste modelo, Schumpeter estabelece o conceito do fluxo circular da vida econômica, onde todos os bens encontram um mercado, ou seja, que os vendedores de todas as mercadorias aparecem novamente como compradores em medida suficiente para adquirir os bens que manterão seu consumo e seu equipamento produtivo no período econômico seguinte e no nível obtido até então, e vice-versa. Imagina-se que, ao fim do período econômico, os produtos de todos os indivíduos formam em certo lugar uma pilha que é então distribuída segundo certos princípios. Podemos então dizer que cada indivíduo lança sua contribuição nesse grande reservatório social e posteriormente recebe algo dele. A cada contribuição corresponde em algum ponto do sistema uma reivindicação de outro indivíduo; a cota de cada um está disponível em algum lugar. E como todos sabem por experiência com quanto devem contribuir para obter o que querem, tendo em vista a condição de que cada cota acarreta uma certa contribuição, o fluxo circular do sistema está fechado e todas as contribuições e cotas devem se cancelar reciprocamente qualquer que seja o princípio segundo o qual é feita a distribuição.
Dentro do conceito fluxo circular da vida econômica, surge o princípio de continuidade de Wieser, que diante de mudanças nas atividades econômicas, todos agirão de acordo com essas mudanças, logo que for percebida. Mas todos se apegarão o mais firmemente possível aos métodos econômicos habituais e somente se submeterão à pressão das circunstâncias se for necessário. Assim, o sistema econômico não se modificará arbitrariamente por iniciativa própria, mas estará sempre vinculado