Sexualidade na Grécia Antiga
Primeiro Ano – Primeiro Semestre
Cadeira de História da Grécia Antiga
Professor Adriaan de Man
O Amor e a Sexualidade na Grécia Antiga
Por:
Diogo Costa nr _____ Inês Ferreira nr 41142
João Biscaia nr 41154
Dezembro de 2013
2013/2014
Índice
Introdução 3
A Ética do Amor 4 O Epicurismo 5 O Estoicismo 5 O Amor Heterossexual e Homossexual 6 A Pederastia 8 A Prostituição e o Lesbianismo 9
Introdução
A Ética do Amor
A palavra “sexualidade” provém de “Sexus”, palavra latina cujo significado seria o ser macho ou fêmea. Esta surge pela primeira vez em De Inventione I de Cícero. É possível que tenha alguma relação com a palavra “Secare” – dividir, cortar.
Para discutir o amor e a sexualidade na Grécia Antiga, é necessário definir os conceitos de Eros, Philia e Agape. O primeiro refere-se a um desejo intenso face a algo, sendo muitas vezes relacionado com o amor carnal1. É, contudo, indissociável do filósofo Platão, que associa Eros a um desejo insaciável pelo que é belo, sendo esta uma beleza transcendente e ideal. Segundo este filósofo, não existia a necessidade de reciprocidade, visto que o alvo do desejo era o objeto – que seria belo - e não a companhia de outro ou a partilha de valores e ambições2. O segundo conceito, Philia, refere-se, por outro lado, a um amor afetuoso presente não só na amizade, mas também na lealdade face à família e à pólis. O sentimento de Philia por outro, segundo Aristóteles, poderia ser motivada pelo agente ou pelo recetor do afeto, sendo caracterizada por uma partilha de disposição, ambições e admiração recíproca, sem rancores. Este sentimento não podia, todavia, emanar de um homem violento, interesseiro ou agressivo, visto que quanto mais virtuoso fosse o agente, melhor seria a amizade, podendo chegar até a ser amor. Assim, o homem racional seria o mais feliz e mais capaz de manter boas relações de amizade3. Para