SEXUALIDADE
1. A SEXUALIDADE NO MUNDO ANTIGO
A necessidade do ser humano de viver em comunidade o levou, ao longo dos tempos, a viver e forma aglomerada, com trocas de experiências e vivências, compartilhando ideias e descobertas. A partir dessa junção de pessoas é que começaram a surgir famílias, primeiro núcleo de seres humanos, unidos pelas mesmas necessidades e objetivos, a base de outras aglomerações diversas que se formaram na história da humanidade. Com a vida em família, o homem passou por várias mudanças, experimentou novas sensações, passando a viver também a sexualidade. As comunidades primitivas não se preocupavam com normas para disciplinar as uniões, não havendo vínculos de exclusividade entre homem e mulher porque a formação de um grupo organizado, mesmo que primitivo, significava segurança, era essencial para se proteger das agressões externas, o que deixava em segundo plano a consanguinidade. O fator parentesco somente passou a ser observado nas famílias greco-romanas.
O casamento em Atenas, na Grécia Antiga, era uma determinação jurídica, porém muito mais social, um mal necessário que permitiria a perpetuação da linhagem paterna e o prolongamento dos ritos e festejos familiares. Casavam-se, portanto, para ter filhos varões que lhes perpetuassem a raça e continuassem a celebrar o culto aos antepassados, considerado indispensável para a felicidade dos mortos no outro mundo. Cabia ao homem ser o chefe da família e prover o sustento da esposa, filhos e escravos e à mulher cabia a concepção e algumas atividades domésticas como também a obediência e respeito ao marido. O casamento não era por amor, mas sim por convenção social. O casamento não era uma obrigação jurídica já que o cidadão que não se casava não infligia à lei, mas às normas sociais e religiosas. Era permitido o casamento entre primos, tia e sobrinho. As uniões eram monogâmicas, pois a poligamia era proibida