setor externo
7. O SETOR EXTERNO
A análise das relações econômicas internacionais constitui condição necessária para um adequado entendimento da estrutura econômica de uma determinada nação. Isto porque os países não são estruturas isoladas, e mesmo os mais “fechados” acabam por manter uma série de relações econômicas com outros países, envolvendo trocas de mercadorias, fatores de produção e ativos financeiros. Tais relações acabam tendo importantes implicações no cômputo de determinados agregados macroeconômicos.
Assim, numa economia aberta, a oferta agregada passa a ser composta não apenas pela produção doméstica, mas também por bens e serviços produzidos por outros países. Por outro lado, na poupança total da economia, pode vir a incluir-se, não apenas a poupança interna, mas também a poupança externa. Em outras palavras, a existência de transações econômicas internacionais produz inúmeras implicações, não só para as contas nacionais, como para a própria teoria macroeconômica.
Na análise que efetivamos até o momento, tratamos da determinação do produto e da demanda agregada, considerando apenas variáveis internas ao país. Acontece, que atualmente, ao menos do ponto de vista econômico, o mundo se apresenta crescentemente interligado, seja através dos fluxos comerciais, seja através dos fluxos financeiros. De modo geral as relações econômicas internacionais têm posição fundamental para a maioria dos países, inclusive o Brasil. As importações representam parcela significativa da oferta dos países, enquanto as exportações constituem importante elemento de demanda.
A constatação da importância do setor externo no funcionamento das economias nacionais levou ao surgimento de importante ramo de estudo na Teoria Econômica, denominado “Economia Internacional”. Este ramo procura, em primeiro lugar, responder a perguntas como: Por que os países fazem comércio entre si e quais os benefícios deste comércio? Esta é a chamada parte microeconômica da análise.