O setor externo
A análise das relações econômicas internacionais constitui condição necessária para um adequado entendimento da estrutura econômica de uma determinada nação, pois a oferta agregada passa a ser composta pela produção doméstica e por bens e serviços produzidos por outros países. Por outro lado, na poupança total da economia, pode vir a incluir-se, não apenas a poupança interna, mas também a poupança externa.
As importações representam parcela significativa da oferta dos países, enquanto as exportações constituem importante elemento de demanda. Poderíamos dizer que os países comercializam entre si, pois não são auto-suficientes; assim, o bem-estar dos cidadãos e o desenvolvimento econômico podem ser maiores quando se comercializa com outros países.
1.1. O Comércio internacional e a demanda agregada
Os economistas clássicos forneceram a explicação teórica básica para o comércio internacional através do chamado Princípio das Vantagens Comparativas, que sugere que cada país deve especializar- se na produção daquela mercadoria em que é relativamente mais eficiente, que será a mercadoria a ser exportada; por outro lado, este mesmo país deverá importar aqueles bens cuja produção interna é relativamente menos eficiente. Deste modo explica-se a especialização dos países na produção de bens diferentes, a partir da qual se concretiza o processo de troca entre países.
Ao analisar-se a evolução do setor externo da economia brasileira nos últimos anos três aspectos chamam a atenção: em primeiro lugar, o gradativo abrandamento do grau de abertura comercial do Brasil, a importância do setor externo como fator determinante das fases de crescimento e recessão do país e a capacidade de resposta do setor externo aos instrumentos de política econômica, quer na direção correta, quer na direção incorreta.
O ano de 1968 pode ser considerado o início de um processo de maior abertura do país ao resto do mundo. A tentativa de buscar novas alternativas de