Servidão e Liberdade - Filosofia
“Vê-se que a liberdade não pode ser confundida com vontade livre que por decisão arbitrária faria o que quisesse. Vê-se também que os homens se enganam quando se trata de saber quando são livres e quando são escravos e situam o máximo de liberdade onde serão completamente escravos. Acreditam que o máximo de liberdade é não estar preso a nada, nem sequer aquilo que é realmente útil e bom. Acreditam que a expressão da máxima da liberdade consiste em, dentre todas as possibilidades, fazer o pior para si.”
Para pensamento racionalista deste filósofo, o caminho para a liberdade não tem nada a ver com o livre arbítrio. É por meio do conhecimento que afasta a passividade da mente e pelo sofrimento que se alcança a liberdade.
Para Rousseau o conceito de liberdade era muito importante e seu pensamento voltou-se para o intuito de assegurá-la para todos. É a lei, mais do que a anarquia, que permite fazer com que a liberdade vigore entre as pessoas.
Para analisar a questão da liberdade, Rousseau imagina uma situação em que a força individual de cada um é insuficiente para a sua preservação e que, portanto, seria necessária uma agregação, ou uma soma de forças. Estando os seres humanos agregados, seria necessário um sistema para mobilizá-los ou fazê-los agir de comum acordo, tendo em vista o bem comum.
A solução proposta por Rousseau é uma forma de associação na qual cada um dos associados deve alienar-se totalmente com todos os seus direitos, em favor de toda a comunidade, entregando-se por completo e sendo a condição igual para todos a de que ninguém deveria tentar tornar essa associação algo