O ser social é um indivíduo real, histórico, que tem se construído diariamente. Difere-se dos animais devido a sua capacidade de transformar a natureza e ser transformado pela mesma. O primeiro ato humano e social acontece com a criação de modos para a sobrevivência advindo do trabalho. O trabalho é visto como um processo de participação do ser social na sociedade, no qual cria formas de interação entre os homens como a linguagem, os costumes, a representação. Essas relações humanas provenientes do trabalho formam e fabricam materialmente e até mesmo simbolicamente, as condições de vida que sociedade deve possuir. Em outras palavras, as relações entre os seres sociais modificam a sociedade. No entanto, o ser social também é modificado pelas condições sociais, ou seja, produto dela. Com o capitalismo, o ser social é inserido em um sistema de divisão do trabalho, onde é um produto com valor de uso e de troca, acarretando na alienação do trabalho e por consequência também gera a alienação da vida social. O homem se torna refém desse sistema, uma vez que não consegue discernir que o produto produzido é parte integrante do seu trabalho, e não uma mercadoria. A alienação da sociedade é fruto do fetiche da mercadoria e ocorre com a substituição de valores essenciais pela valorização do capital, no qual é a solução para atender as necessidades individuais e até coletivas, sejam elas imediatas, físicas e inclusive desejos. Assim, concluímos que o trabalho produz a humanização do ser social, porém com a alienação do trabalho e da sociedade os homens ignoram estarem inserido nesse sistema em que é cada vez maior o empobrecimento dos sentidos, e desumano.