Ser criança não significa ter infãncia
Assisti a um documentário chamado “A Invenção da Infância”, elaborado no ano de 2002 e venho relatar alguns fatos importantes de crianças que vivem como adultos, comparando o tipo de vida, conforme a classe social em algumas regiões do Brasil, com suas situações financeiras, no tratamento diante da família, em relação à saúde, no desenvolvimento e nos sonhos em relação ao futuro. Difícil se acostumar e acreditar que nem mesmo com o passar dos tempos e com todas as evoluções, ainda existam tantas dificuldades em um país como o Brasil, que mesmo em desenvolvimento não consegue alcançar a educação básica aos seus cidadãos. Lugares onde a saúde não tem recurso algum, as mães de família acreditam ser natural perda de filhos quando ainda bebês, não possuem conhecimento médico, não utilizam os métodos contraceptivos e acabam tendo um número alto de gestações, sem sucesso. Numa escala de prioridades, uma pessoa que tem pelo menos o ensino fundamental, consegue administrar uma casa e consequentemente sua família, podendo assim dar uma vida digna e no mínimo confortável aos seus filhos para que os mesmos possam se desenvolver no seu tempo certo, aproveitando todas as fases de sua trajetória, pois trabalho existe. Há uma grande diferença entre crianças de classe social baixa e alta. De um lado pequenos seres que precisam trabalhar em troca de moedas, arriscando sua saúde, pois muitas vezes são trabalhos pesados e perigosos. Acabam por estudar no turno da noite e existem aqueles que, por falta de instrução, não ingressam em uma instituição de ensino. São crianças que sonham com um futuro melhor, diferente da realidade em que vivem e tudo que mais desejam é poder ser criança durante sua infância.
Do outro lado, nobres crianças que pensam num futuro grandioso, se dedicando somente aos estudos, fazendo planos de viajar pelo mundo, se graduar no curso de seus sonhos, nas melhores Universidades do mundo e por muitas vezes não se