Ser completamente honesto consigo mesmo essencial para cuidar
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Para refletir, trechos extraídos do livro Autópsia do Sagrado:
"FEUERBACH, FREUD E O FIM DA TEOLOGIA
Semelhantemente ao filósofo Feuerbach, Freud considerou a religião uma ilusão. Em certo sentido, a visão freudiana sobre Deus e a religião, se configura como uma ampliação epistemológica do Ateísmo Antropológico iniciado por Feuerbach.
Acreditamos que é certo pensar assim, pois, a definição que Feuerbach oferece de sua teoria, é nuclearmente muito semelhante a encontrada nas letras freudianas. Com o objetivo de equiparação das duas teses, citaremos primeiro o idealizador do Ateísmo Antropológico:
Esta minha doutrina é simplesmente: teologia é antropologia, ou seja, no objeto da religião a que chamamos theós em grego, gott em alemão, expressa-se nada mais do que a essência do homem, ou: o Deus do homem não é nada mais que a essência divinizada do homem, portanto a história da religião ou, o que dá na mesma, de Deus (porque quão diversas as religiões tão diversas os deuses, e as religiões tão diversas quão diversos são os homens) nada mais é do que a história do homem.
A tese defendida por Feuerbach é muito simples. Não foi Deus que nos criou a sua imagem e semelhança, de fato, nós é que criamos os muitos deuses segundo a nossa própria semelhança. Seguindo a risca essa fórmula, para entendermos de onde se origina a ideia de Deus, devemos buscar na história dos homens a explicação para criação de tal ideação.
Ao analisar a ideia de um ser supremo no psiquismo humano, Freud chegou a conclusões que ainda hoje não foram superadas. Ao explicar a ideação aparentemente universal de um ser superior internalizado no psiquismo, ele escreveu: