Psicologia aplicada a enfermagem
Universidade Federal de Minas Gerais
Psicologia Aplicada
Professor: Vanessa Maria de Almeida
Belo Horizonte
2014
1. O CUIDAR
Ferreira (s/d), em seu Dicionário da Língua Portuguesa, define ajuda como: dar ajuda, auxiliar, socorrer, favorecer, facilitar, propiciar, fazer alguma coisa, prestar auxílio, socorrer-se, prestar auxílio a si mesmo, auxiliar-se reciprocamente. O mesmo autor define cuidado como: atenção, precaução, cautela, desvelo, encargo, responsabilidade, conta, inquietação de espírito. Define cuidar, dentre outros significados, como: tratar, aplicar a atenção, o pensamento, a imaginação.
Ao pensar em relações de ajuda e cuidado não se pode esquecer o aspecto de reciprocidade e de conexão com um “outro” que o termo expressa.
Ninguém sai de uma relação do modo como entrou nela, pois toda relação é movimento de conexão, onde sempre ocorrem „trocas‟ de idéias, valores, percepções, conhecimentos, energias, emoções.
Em muitos casos [porém nem sempre!], ao mesmo tempo em que o ajudador auxilia o ajudado, ele também se torna de alguma forma ajudado. Isso não é uma regra, e nem sempre é possível que seja assim, pois quando se estabelece uma relação de ajuda e cuidado, o ajudado - aquele que buscou ajuda, deve ser o principal beneficiado.
Quando um ser humano entra em comunicação com outro através do diálogo, ou das diversas outras formas de comunicação não-verbal, estabelece uma relação intersubjetiva e se constrói enquanto pessoa/sujeito ao se relacionar. Ele constrói, sobretudo, a sua identidade, pois ela está sempre em movimento.
Assim, as experiências sociais vivenciadas pelos seres humanos são integradas em sua própria constituição subjetiva. Carkuff chamou ajudadores, e ao grupo que sofre influências destes, chamou ajudados. No seu entender, “o ajudado é, antes de mais nada, uma pessoa a quem faltam algumas habilidades de vida”.
Este modelo é, a nosso ver,