Seminário

INTERCULTURA E EDUCAÇÃO
Reinaldo Matias Fleuri

Resumo
Introdução:
A partir do lançamento dos Parâmetros Curriculares Nacionais em 1997, o reconhecimento da multiculturalidade e a perspectiva intercultural ganharam grande relevância social e educacional.
No Brasil e no exterior, temas nacionais contribuíram para o estudo mais intensificado da intercultura gerando propostas de educação para a paz, para os direitos humanos, para a ecologia, para valores, etc. Entre elas:
- O desenvolvimento do Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas;
- as políticas afirmativas das minorias étnicas;
- as diversas propostas de inclusão de pessoas portadoras de necessidades especiais na escola regular
- a ampliação e reconhecimento dos movimentos de gênero (movimentos sociais feministas: luta por creches, melhores salários, relações de desigualdade a qual as mulheres são submetidas);
- valorização das culturas infantis (conhecer “a imagem do outro criança", mas conseguir desvencilhar nossos modos de ver da nossa cultura adulta. Pensar a infância partindo dela mesma.);
- movimentos de pessoas de terceira idade nos diferentes processos educativos e sociais.
- A globalização da economia e da comunicação intensificando interferências e conflitos de caráter belicista e terrorista entre grupos sociais de diferentes culturas;
A educação intercultural ou Multicultural Education (EUA, Canadá, Grã Bretanha) propõe a renovação dos paradigmas científicos e metodológicos educacionais que buscam a compreensão e promoção da transversalidade das relações interculturais, a convivência democrática entre diferentes grupos e culturas, uma leitura positiva da pluralidade social e cultural configurando uma proposta de “educação para alteridade”.
O termo inter/multicultural utilizado para indicar o conjunto de propostas educacionais que visam a promover a relação e o respeito entre grupos socioculturais, mediante processos democráticos e dialógicos (Stephen Stoer e Maria