Seminário ii

A Vida dos Imigrantes de Leste: entre as expectativas e a realidade 1. Os imigrantes
“A visão de Portugal como país de imigração surge (…) aquando do período que sucede à entrada de Portugal na CEE (…) Portugal deixou de ser um país tradicionalmente de emigração para se assumir como país de imigração e acolhimento de cidadãos estrangeiros, à procura de melhores condições de vida”. (Santos, 2004)
O grande fluxo imigratório proveniente dos países de leste foi sentido na segunda metade da década de 90, que teve como principais impulsionadores os problemas económicos que se faziam sentir nos respectivos países e sem dúvida a adesão à União Europeia, que levou a uma política fronteiriça mais aberta e a uma circulação interna livre. [ (Morgado, Dezembro 2007) ]
Segundo dados estatísticos do SEF em 1999, o número de cidadãos de países da Europa do Leste residentes em Portugal durante os anos 90, era de apenas 2.373 pessoas, número esse que aumentou consideravelmente no ano de 2001 com o consentimento de 126.901 autorizações de permanência em Portugal, a trabalhadores imigrantes que se encontravam ilegais (deste total, 56% eram imigrantes de Leste). No espaço de um ano, o número de imigrantes a residir legalmente em Portugal, passou de 208.198 em 2000 para 350.503 em 2001. [ (Baganha, Marques, & Góis, 2004) ]
Foi igualmente preponderante para este aumento da imigração proveniente do Leste, o aumento dos níveis de qualificação escolar e profissional dos respectivos imigrantes, no que toca a formações intermédias de carácter técnico e superior. [ (Fonseca, 2003) ]
Tabela 1

Fonte: Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF)

O aumento considerável das qualificações médias dos cidadãos resulta numa oferta de trabalho insatisfatória por parte dos imigrantes de Leste, pois os postos de trabalho que ocupam, não se apropriam aos níveis de qualificação e instrução de que os mesmos dispõem. [ (Morgado, Dezembro 2007) ]
Os imigrantes contribuem para todo o