Sem Fronteira
Capítulo 8 – Globalização: de chavão a maldição.
“A globalização [...] tornou-se um fenômeno condenado a interminável controvérsia. Defensores citam suas virtudes e sua inevitabilidade. Adversários proclamam seus supostos vícios e falibilidade. (Jagdish N. Bhagwati, em Foreign Affairs, 2002)” (pag.347)
“A globalização é “perigosa”, como proclamam muitos editorialistas, ou foi responsável por tirar milhões de pessoas da absoluta pobreza como alega o Banco Mundial? [...].” (pag.347)
“[...] o próprio significado do termo passou por mudanças consideráveis à medida que aumentaram o ritmo e o alcance da globalização.” (pag.348)
“Em seu livro Globalization: A Short History, os historiadores alemães Jurgen Osterhammel e Niels P. Peterson [...] reconhecem que a popularidade do termo se deve a sua capacidade de atender a uma necessidade legítima: dar nome para a época em que vivemos[...].” (pag.348)
“Há uma silenciosa mas crescente aceitação do fato de que, apesar de todas as suas alegadas consequências ruins, a tendência à crescente integração e interdependência do mundo que a globalização implica está aqui para ficar[...].” (pag.350)
“Em inúmeros artigos mencionando a globalização nas últimas quatro décadas, o fenômeno foi visto como resultado da expansão do comércio, dos investimentos e de políticas deliberadas de governos e empresas em vez de uma continuidade ou o resultado acumulado de milênios de diferentes impulsos humanos[...].” (pag.350)
O SPUTNIK E A ANISTIA INTERNACIONAL
“Em muitos sentidos, a mudança tecnológica reforçou a ideia de um só mundo. [...] O Sputnik contornava a Terra a cada 96 minutos, emitindo um sinal de rádio que podia ser ouvido em todas as partes do mundo no seu roteiro. Nascia a era das comunicações globais, encolhendo o mundo de forma dramática[...].” (pag.351)
“Uma grande parcela das matérias na imprensa relatava a reação ao que era percebido como os males da globalização ou descreviam o