Fronteira
Os estudiosos do tema fronteira se deparam com duas concepções do termo ao consultar o Dicionário Oxford da Língua Inglesa, segundo BROCANO:
“1/the part of country wich fronts faces or bordes on another country (….) 2/ (U.S.) the part of a country wich forms the border of its settend or inhabited regions.”1
O primeiro significado consiste na compreensão que o termo possuía na Europa. Neste continente fronteira “possuía uma forte conotação política, significando o limite que separa dois países, duas populações densas ou (...) duas civilizações.”2
A segunda concepção, como é destacado no dicionário, é usual nos Estados Unidos, a partir da tese de Turner e significa, “uma linha entre terra povoada e a terra livre ou ainda, o ponto de encontro entre o civilizado e o primitivo”3.
Para TURNER, “a existência de uma área de terra livre, seu afastamento contínuo e o avanço da colonização americana para o Oeste explicam o desenvolvimento americano.”4 Na fronteira o pioneiro volta a estágios primitivos buscando novas condições de vida nas terras livres, e aguçando o seu espírito de iniciativa, defendendo a igualdade de oportunidades, estes, num processo contínuo, torna a evoluir rumo à civilização, apontando para uma nova nação. Esta evolução só é possível, pela existência das “terras livres”, que segundo STADNIKY é o ponto central da idéia de fronteira desenvolvida por TURNER. São nas “free lands, desabitadas, prontas a serem ocupadas pelos brancos de origem ocidental européia, que nelas vivenciam seus ideais de liberdade, de individualidade, num espaço de oportunidades limitadas”5.
É importante lembrar que a idéia da fronteira como “terra livre” desconsidera a presença de populações “ameríndias cuja subjugação foi necessária para a marcha ocidental da nação”6. Além disso, um dos pontos mais discutidos em torno da tese de TURNER segundo WEGNER “é o que se refere às terras livres como uma ”válvula de segurança” (safety Valve), tendo elas o papel de