SEIS ANOS DE AEE. O QUE PENSAM OS PAIS?

RESUMO

Este trabalho versa sobre uma pesquisa realizada com pais de alunos atendidos pela sala de recursos multifuncionais da Escola Estadual de Ensino Fundamental General Gurjão. Esses pais que matricularam seus filhos com deficiência no ano de 2007 tendo como perspectiva única a socialização destes sujeitos que permanecem em atendimento educacional especializado até a presente data, por meio de questionários e entrevistas numa pesquisa exploratória, conseguiram descrever os ganhos adquiridos pelos alunos inseridos naquele espaço de aprendizagem, uma vez que no momento inicial de matricula se concentravam apenas na perspectiva de socializar os estudantes PNE¹. Caracterizando a importância da escola para a criança com deficiência como um espaço de convivência somente, evidenciava a falta de credibilidade das famílias em um trabalho efetivamente pedagógico e de construção de conhecimento para o público deficiente, reduzindo as possibilidades da pessoa com deficiência de se desenvolver cognitivamente e até mesmo de superar limites na sua escolarização.
No decorrer de seis anos estes mesmos alunos participam do AEE² feito pela sala de recursos multifuncionais desta instituição de ensino, porém, em decorrência de muitas mudanças estruturais, tanto na política de inclusão quanto nos aspectos pedagógicos do trabalho docente, os familiares daqueles alunos circunscrevem outras expectativas enquanto resultado de trabalho e reivindicam no cenário atual, muito mais do que socialização, mas uma efetiva relação com o processo ensino-aprendizagem.
A pesquisa, de cunho qualitativo se concentrou em identificar as expectativas atuais dos pais que cumprem pelo sexto ano consecutivo a frequência de seus filhos a esta modalidade de ensino tendo como pressuposto desta investigação analisar implicações e reflexos das práticas inclusivas no atendimento às expectativas existentes no âmbito familiar das pessoas com deficiência.

Palavras chave: Expectativas, familiares,