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Iván G. Peyré Tartaruga
Resumo
Os desenvolvimentos nos métodos espaciais – estes preocupados com a localização, a interação, a estrutura e o processo espaciais – estão criando novas possibilidades para os estudos das propriedades dos sistemas socioeconômicos. Neste artigo utilizaram-se técnicas de estatística espacial, juntamente com um sistema de informações geográficas (SIG), para descrever a distribuição espacial de dados econômicos. Com este intuito, utiliza-se, de um lado, uma medida de centralidade (ou tendência central) espacial: o centro médio, também conhecido como centro espacial, que representa o centro da distribuição (ou centro de gravidade). De outro, duas medidas de dispersão (ou variabilidade) espacial: a distância padrão, que é uma medida do grau de concentração, ou de dispersão, da distribuição espacial em torno do centro médio; e a elipse de desvio padrão, que proporciona o conhecimento da distribuição na sua densidade, ou compacidade, e na sua orientação. Analisando a realidade do Estado do Rio Grande do Sul (Brasil), comparou-se a dispersão do PIB, da renda mensal total e da renda mensal per capita no período de 1970 até 2000 (anos censitários). O artigo concluí com algumas breves considerações à respeito dos padrões e das tendências destas distribuições.
Palavras-chave: Análise espacial; estatística espacial; análise regional.
1 – Introdução Este trabalho possui dois objetivos principais e intimamente relacionados, por um lado, uma tentativa de uma melhor compreensão da realidade econômica do Estado do Rio Grande do Sul, das últimas décadas, nas suas diferentes regiões, o que seria, basicamente, um problema de análise regional. Por outro, o uso de técnicas de análise, para o problema anterior, que têm como característica essencial a consideração da dimensão espacial (ou localização dos fenômenos estudados) na sua