Seguros
O instinto de conservação do homem e sua preocupação com a autoproteção são encontrados desde a pré-história. Com a formação de grupos e a fixação em regiões que lhes proporcionassem segurança e condições de sobrevivência, inicia-se não só a distribuição de tarefas como também o mutualismo. Caminhando mais no tempo, observamos que hebreus e fenícios praticaram o mutualismo em uma forma bastante aprimorada. Na Idade Média, porém, a igreja proibiu a prática do mutualismo, visto como sacrilégio, pois somente a vontade divina seria capaz de minorar as desgraças e infortúnios do homem. Com a proibição do seguro marítimo pelo Papa Gregório IX, os banqueiros desenvolveram um sistema no qual passaram a “comprar” o navio e a carga com o compromisso de que, caso ocorresse algum acidente no percurso, os navegadores ficariam com o dinheiro, e o banqueiro com o prejuízo. Caso contrário o navegador “rescindia” o contrato de venda, sendo obrigado a pagar uma multa. A manutenção das coberturas exigia investimentos de capitais cada vez mais significativos dos banqueiros, culminando na formação de “sociedades de banqueiros”, que deram origem às sociedades seguradoras. O primeiro contrato de seguro marítimo, com emissão de apólice, foi escrito em italiano em Gênova em 1347. A regulamentação do seguro, no entanto, foi muito dificultada, pois era classificado como um jogo. Em 1684, surge, em Londres, a primeira companhia de seguros contra incêndio de casas, motivado pelo incêndio que destruiu mais de 13.000 casas, igrejas e a Catedral de Saint Paul. O seguro de vida também surgiu na Inglaterra, onde foram criadas as primeiras seguradoras nos moldes que conhecemos nos dias de hoje. Em 1789 foi publicado o primeiro Código Uniforme de Seguros, proporcionando a universalização dos seguros. A Revolução Industrial e os avanços matemáticos de Leibnitz e de Pascal na estatística possibilitaram a formação dos critérios atuariais, que