Tratamento cirúrgico do diabetes melito tipo 2
O diabetes melito tipo 2 é uma doença de alta prevalência no Brasil (7.6 a 7.8% da população brasileira entre 30 e 69 anos é diabética) e no mundo, e que vem crescendo na população mundial, e até hoje é considerada uma doença crônica, incurável de evolução progressiva, apesar dos tratamentos medicamentosos.
O paciente é considerado diabético quando apresenta glicemia de jejum de 126 mg.dL, ou apresentar glicemia maior que 200 mg.dL durante TOTG.
75% dos diabéticos morrem de doença cardio-vascular.
Atualmente cerca de 13.5 milhões de Reais são gastos por ano com medicamentos para diabetes pelo Ministério da Saúde do Brasil.
O tratamento clínico pode melhorar o diabetes no primeiro ano, mas depois piora mesmo com o uso de insulina. No tratamento clínico a resistência à insulina não é tratada.
Os resultados do Diabetes melito tipo 2 nos pacientes obesos mórbidos operados têm sido muito favoráveis com taxas de cura de cerca de 77% dos casos.
Da mesma forma que o tratamento cirúrgico é a única arma eficaz no tratamento da obesidade mórbida, sendo recomendado em pacientes com IMC 40 ou > 35 associado à co-morbidades como diabetes tipo II, apnéia do sono, hipertensão arterial, dislipidemia, doença coronariana, artroses, hérnia de disco, etc. Em virtude dos excelentes resultados obtidos nestes pacientes, começam a surgir na literatura publicações relatando estudos com uso de cirurgias para tratamento da obesidade em pacientes com IMC 35 (obesidade leve ou grau I).
Cirurgia de Redução do Estômago (bypass gástrico)
No Boletim da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica, o Dr. Ricardo Cohen relata sua experiência com 37 pacientes com IMC de 32 a 34 portadores de co-morbidades graves de difícil controle (diabetes tipo II, hipertensão arterial, apnéia do sono, hérnias de disco, artroses importantes, etc.), que foram submetidos a tratamento cirúrgico através da cirurgia de redução do