segurança internacional
1 - INTRODUÇÃO Após o fim da Guerra Fria os Estados Nacionais deixaram de ser os únicos atores de relações internacionais, tendo em vista a ascensão de atores não-governamentais nos debates e na colaboração do cumprimento das regras, normas e convenções capazes de constranger o comportamento de governos e indivíduos. Contudo, os Estados ainda são os principais atores no cenário mundial. Nesse sentido, o Brasil é um ator participativo dos grandes foros internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU), a Organização Mundial do Comércio, dentre outros. Nos últimos anos, o Brasil tem buscado ampliar sua participação nos assuntos internacionais, inclusive, do ponto de vista político o país vem tentando aumentar sua participação na construção de normas internacionais, colaborando para o diálogo internacional nos foros mundiais. Durante o governo Lula a diplomacia brasileira buscou tornar-se mais ativa nas discussões de questões internacionais. Reforçando esse ideal brasileiro de atuar mais ativamente, Paulo Roberto de Almeida defende que:
No plano político, é evidente o projeto de reforçar a capacidade de “intervenção” do Brasil no mundo, a assunção declarada do desejo de ocupar uma cadeira permanente num Conselho de Segurança reformado e a oposição ao unilateralismo ou unipolaridade, com defesa ativa do multilateralismo e de um maior equilíbrio nas relações internacionais. (ALMEIDA, 2004, p.165)
A defesa da reforma estruturas da ONU assumiu maior ênfase no período do governo Lula, sendo a conquista de uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU (CSNU) uma prioridade (ALMEIDA, 2009). A ampliação do CSNU defendida pelo Brasil estava relacionada à candidatura brasileira a um assento permanente. Para corroborar com tamanha ambição o Brasil ampliou sua participação nos assuntos internacionais. Inclusive, o mandato da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (MINUSTAH) sob