Segurança internacional
A análise das Relações Internacionais passou a ter sua importância reconhecida no início do século XX. Até a eclosão da Primeira Guerra Mundial, o estudo das mesmas estivera a cargo de diplomatas, historiadores e juristas.
A partir dessa data a situação mudou: notáveis esforços passaram a ser realizados no sentido de fazer das Relações Internacionais um campo de estudo específico e autônomo. Na prática, isso tem se traduzido no trabalho de definir, com alguma precisão, os limites da realidade das Relações Internacionais, bem como de produzir um dispositivo conceptual que resulte em análises integradas, as quais, por sua vez, possam permitir ir além das análises parciais produzidas pela Economia Internacional, pelo Direito Internacional, pela História Diplomática e pela Política Internacional.
É cada vez maior o reconhecimento que as relações internacionais são extremamente complexas e abrangentes para serem submetidas às estreitas medidas estabelecidas por essas disciplinas. Ainda que cada uma delas possa iluminar aspectos relevantes da realidade, somente uma análise que combine, de modo articulado, conceitos elaborados por esses campos específicos poderá compreender sua extensão e sua densidade.
Em outras palavras, o grande desafio enfrentado pelas Relações Internacionais é o de assumir sua indispensável multidisciplinaridade. Pode-se dizer, no entanto, que esse desafio tem sido enfrentado e vencido, exclusivamente, pelos acadêmicos do mundo anglo-saxão.
Não obstante, o conhecimento das Relações Internacionais interessa, em toda parte, àqueles que, de alguma forma, participam das mesmas (nomeadamente estadistas, diplomatas, militares e acadêmicos), o fato é que a produção acadêmica do mundo anglo-saxão neste campo é, esmagadoramente, superior à produção dos demais centros acadêmicos do mundo, juntos, incluindo os países nos quais há tradição de pesquisa universitário-acadêmica na área das Ciências Sociais.
Um breve resumo: