Segregação sócio-espacial
INTRODUÇÃO
Com o processo de urbanização brasileira, o movimento migratório aliado à taxa de crescimento da população constituíram na causa da explosão urbana. Com isso, a falta de uma política de desenvolvimento gerou profundos desequilíbrios, acentuando as diferenças regionais e promovendo o abandono do campo.
Cidade e campo passaram a possuir problemas: a cidade, por não estar preparada para receber o alto contingente populacional; o campo, por ter sido atingido pela agricultura mecanizada. Dessa forma, a problemática do processo de urbanização atinge cidade e campo.
A favelização e a segregação urbana são dois processos que estão diretamente ligados e que, são decorrentes das desigualdades socioeconômicas e desses problemas de planejamento e gestão urbanos. Além de ser resultante das contradições sociais, a formação de favelas contribui para intensificar e reproduzir a segregação sócio espacial.
O processo de favelização é uma consequência do processo de inchamento urbano. É o crescimento desordenado da cidade, sem o controle do Estado, o que contribui para a precarização das condições de vida na cidade e da incapacidade do Estado de oferecer condições estruturais para o atendimento das necessidades mínimas de boa parte da população. Isso é consequência do êxodo rural, ou seja, do processo de migração em massa da população que reside no campo para as cidades, em virtude do processo de concentração de terras no meio agrário e da substituição do homem pela máquina no processo produção agrícola.
As pessoas migram do campo para a cidade em busca de empregos e melhores condições de vida. Mas como geralmente essas pessoas não possuem mão de obra qualificada, tudo o que encontram são baixos salários ou filas de desempregados. Sem opção, essas pessoas se tornam marginalizadas na sociedade, e ocupam áreas irregulares para garantir condições mínimas de moradia.
O que o