Evolução Urbana - Vetores de Crescimento
Refletindo sobre o crescimento urbano, Fonseca Netto2 deixa bem claro que geralmente “é a partir das causas motivadoras dos agentes - públicos e privados - que atuam nos empreendimentos urbanísticos” que podemos compreender a ação dos fatores físico-territoriais (aqui chamados, preferencialmente, ambientais) nas transformações do tecido urbano. Isto ocorre, às vezes, até pela simples implantação de alguma atividade ou facilidade econômica.
Este artigo analisa a relação entre percursos e processo de evolução urbana, considerando questões da acessibilidade, da mobilidade e do uso da terra (land use) na cidade. Da localização de terrenos num território se fixam as atividades e as vias de circulação para pessoas e materiais/matérias-primas e mercadorias em geral. Além disso, o trabalho leva em conta as interfaces existentes entre ruas, praças e parques e eixos de expansão urbana e as influências na segregação sócio-espacial.
O tecido urbano desenvolve-se com base em linhas diferenciadas de acesso e movimento, determinando percursos e vetores de expansão distintos. Os percursos produzidos são vistos como fator de integração e de aproximação sócio-espacial. Destacam-se aspectos como forças organizadoras, econômicas, culturais e relacionadas com as práticas dos grupamentos sociais, que articulam os percursos principais e o processo de evolução urbana. Quais as características das relações entre percursos, dinâmica sócio-espacial e forma urbana? A questão remete a outra que investiga se os percursos modelam a morfologia urbana ou se ocorre o oposto. A partir das relações de causa e efeito entre percursos e morfologia, o interesse recai sobre o efeito produzido pelos percursos na segregação e no distanciamento sócio-espacial na cidade, assim como na formação de fronteiras e barreiras urbanas.
O texto ressalta as características específicas da organização do espaço intra-urbano, diferenciado das dinâmicas interurbanas, onde é