A metamorfose e a prática do espaço
A METAMORFOSE E A PRÁTICA DO ESPAÇO INTRAURBANO: O SETOR
SUDESTE DA CIDADE DE JOÃO PESSOA-PB
(1) Ana Gomes Negrão, (2) Dimitri Castor, (3) José Augusto da Silveira
(1) Mestranda do Programa de Pós-graduação em Engenharia Urbana e Ambiental – PPGEUA
/UFPB
(2) Mestre em Arquitetura e Urbanismo – PPGAU /UFPB
(1) Departamento de Arquitetura – Doutor em Desenvolvimento Urbano – UFPE
Resumo
O artigo resulta da pesquisa que investigou a produção e a apropriação do espaço intraurbano do setor sudeste da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Nordeste do Brasil. A pesquisa esteve apoiada nos conceitos trabalhados por Panerai (2006) que auxiliam na análise dos
“estágios de evolução do tecido urbano”, permitindo acompanhar as transformações de uma cidade a partir da observação de três recortes de tempo-espaço: (1) estágio de superação de limites; (2) estágio de crescimento; (3) estágio de combinação e conflitos. O recorte espaço-temporal da pesquisa englobou desde o início do corredor, nos espaços do bairro do Centro até o Conjunto
Mangabeira, situado à direção sudeste da cidade, no período que se inicia no final da década de
1930 – com o surgimento da Torre, primeiro bairro a influenciar diretamente no corredor –, seguindo até a atualidade. O trabalho destaca ainda as interfaces existentes entre o os espaços livres de circulação, e a ocupação e o uso do solo.
Palavras-Chaves: cidade contemporânea, estágios de crescimento, corredor viário, morfologia urbana 1. Introdução
Apreender uma cidade não é simples, sobretudo porque ela é vasta e cada época deposita sua marca sobre aquela das gerações precedentes (PANERAI, 2006).
Para Maia (2005), as formas apresentadas pelas cidades refletem as organizações sociais, as estruturas políticas e econômicas, e ainda o modo de vida dos seus habitantes, sendo a sua morfologia, desenhada e construída, a partir de necessidades, de vontades e de decisões políticas e econômicas.
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