Mortalidade Infantil
Camilla Janne da Silva BERNARDES, Priscila Moreira de MATOS, Venina Costa DAMASCENO, Givaldo Alves de SOUSA, Laryssa de Sousa TÔRRES e Cynara Cristhina Aragão PEREIRA
A mortalidade infantil é classicamente considerada como um dos melhores indicadores do nível de vida e bem-estar social de uma população; com dois componentes: o neonatal, compreendendo os óbitos ocorridos do nascimento até os 27 dias de vida; e o infantil tardio (ou pós-neonatal), incluindo os óbitos ocorridos do 28º dia até um dia antes de completar um ano. O componente da mortalidade infantil mais associado com a qualidade de vida é o pós-neonatal. A mortalidade neonatal reflete mais a assistência à saúde recebida pelas crianças e mães do que o bem-estar social, estando associada tanto a fatores biológicos como à assistência pré-natal, ao parto e ao recém-nascido. A redução da mortalidade neonatal é mais difícil e sua prevenção envolve investimentos em serviços hospitalares de tecnologia mais complexa. Esta pesquisa objetivou demonstrar a tendência das diferentes taxas de mortalidade infantil no Brasil (neonatal e pós-neonatal). Trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo. A pesquisa foi realizada nos arquivos dos Censos Demográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tendo como descritores “mortalidade infantil”, “criança” e “Brasil”. Na década de 1980, a mortalidade infantil era de 69 por mil nascidos vivos, decrescendo bruscamente para 45 em 1990, decaindo para 30 no ano 2000 e alcançando 15 vivos no Censo 2010. Subdividindo as taxas, os óbitos neonatais eram inferiores (40%) aos pós-neonatais (59%) na década de 1980. Tais percentagens equivaleram-se na década de 1990 e, após esta data, os óbitos neonatais eram superiores (67%) aos pós-neonatais (32%). Em relação à especificidade por sexo, o masculino sempre prevaleceu sobre o feminino. Quanto às diferenças regionais, no ano 2000, apenas o Nordeste teve