Segregação racial nos eua
Para entendermos a segregação racial americana na década de 60, devemos fazer uma revisão na história deste país. A escravatura inicia-se no século XVII com práticas escravistas similares as utilizadas pelos portugueses e espanhóis em suas colônias, e termina em 1863 com a “Proclamação de Emancipação” de Abraham Lincoln, realizada durante a guerra civil americana.[1] Como herança da colonização inglesa, os EUA viam-se dividido em estados do sul, que com um clima quente e solo fértil adquiriu estilo de vida e economia firmadas na agricultura com o plantio de fumo algodão e cana-de-açúcar. Enquanto isso clima frio e o solo rochoso dos estados do norte, forçou-os a procurarem outras fontes de renda, como o comércio e a manufatura, favorecendo assim a criação de grandes cidades comerciais como Boston, Filadélfia e Nova Iorque. Norte e sul diferenciam-se na medida em que o primeiro possui um progresso econômico qualitativo, e o sul, por sua vez, ao dirigir seus lucros em escravos e terras, possui um progresso quantitativo, considerando a baixa produtividade da mão-de-obra escrava. Em tempos coloniais, os americanos viam a escravidão como necessária, quando se tornaram independentes, os poucos abolicionistas da época pressionaram o governo a abolir a escravidão na constituição do país, mas não obtiveram sucesso, levando-os a uma guerra contra os estados do sul conhecida como “Guerra de Secessão”. A constituição americana diz que “todos os homens são iguais”. Após o fim da guerra, os americanos tentaram fazer desta igualdade uma realidade no país através da aprovação da 13° emenda à constituição que acabou oficialmente com a escravidão[2]. Apesar de vários esforços para acabar com a discriminação racial, surgiu um novo sistema de subordinação no fim século XIX chamado Jim Crow, leis estaduais para os estados do sul onde se definia que escolas públicas e a maioria dos locais públicos