Regime de Segregação Racial nos EUA

50 anos da lei que acabou com a segregação racial nos EUA
Nesta quarta-feira, dia 02 de julho, foram completados 50 anos da chamada Lei dos Direitos Civis que pretendeu dar fim à segregação racial no país, permitindo que negros e brancos pudessem frequentar os mesmos lugares.
Os Estados Unidos estavam prestes a vivenciar um levante negro que colocaria todo o regime em xeque. Os protestos contra a segregação racial se espalhavam pelo país como um rastilho de pólvora, várias cidades foram destruídas e outras simplesmente quase desapareceram do mapa.
Com a morte de John F. Kennedy, Lyndon Johnson assume a presidência, e, diante de tal cenário, com o movimento negro no encalço do governo, foi obrigado a assinar a legislação.
Um dos motivadores dos protestos e, consequentemente, da lei, foi quando em 1955, Rosa Parks se negou a ceder seu lugar para um homem branco em um ônibus no estado do Alabama, um dos estados mais racistas do país, até os dias de hoje. Mas outros tantos protestos ocorriam no país.
Mas não foi só. Em 1º de fevereiro de 1960, quatro estudantes negros da Faculdade de Agricultura da Carolina do Norte dão início a um protesto no balcão de uma lanchonete na cidade de Greensboro, reservado para brancos, depois de ter seu pedido recusado. O evento provocou uma série de protestos similares por vários Estados do sul.
Em outubro de 1962, o estudante negro James Meredith tenta se matricular na segregada Universidade do Mississippi, mas é barrado. Abril de 1963: o pacifista Martin Luther King Jr. é preso durante protestos contra o racismo em Birmingham, Alabama. Em maio do mesmo ano, durante protestos pelos direitos civis em Birmingham, o comissário de segurança pública Eugene Connor autoriza o uso de jatos de água e cães da polícia contra manifestantes negros.
Para falar dos fatos principais que precedem a legislação, quatro negras são mortas em ataque à bomba na Igreja Batista Sixteenth Street, local popular de encontros de ativistas pelos direitos