Segregação espacial

SEGREGAÇÃO ESPACIAL
Prof. Marcelo Ribeiro

A labuta dos Defensores de Direitos Humanos é a defesa silenciosa de minorias (artesãos hippies, moradores de rua, moradores de favelas removidos em decorrência de obras públicas, vítimas de violência policial, transexuais etc), as quais, via de regra, não têm representação alguma, ou se têm alguma entidade para representá-los, ainda assim, não é forte o suficiente para conseguirem fazer frente aos interesses da maioria e à cultura dominante. A aliança política da elite empresarial com a “elite” sindical (trabalhadores organizados) forjou um governo desenvolvimentista (LULA E DILMA) que, no âmbito local (Belo Horizonte), tem assumido um recorte acentuadamente fascista, resultando em uma declarada política de SEGREGAÇÃO ESPACIAL. Alguns grupos estão sendo literalmente expulsos do seu espaço tradicional de vida e convivência, a exemplo dos artesãos da praça sete (ver http://belezadamargem.wordpress.com/), e dos moradores de favelas removidos para realização de obras públicas. A estratégia da Prefeitura nas favelas – Programa Vila Viva - tem semelhanças profundas com o Nazismo, posto que utiliza inscrições numéricas com tinta spray na cor vermelha para marcar os muros e paredes das famílias que serão removidas:

A pichação tem 2 objetivos: o primeiro, é intimidar e pressionar a saída do cidadão, com a mensagem simbólica de que o morador de favela não é dono de sua própria casa, e que se o Município quiser poderá retirá-lo à força, sendo melhor aceitar as ofertas do Município (ainda que injustas); o segundo objetivo é criar uma divisão no seio da própria comunidade, entre os que vão ficar e os que vão sair, sendo que estes, com o tempo e a resistência, passam a ser identificados como um obstáculo ao desenvolvimento da vila ou favela. As lideranças são cooptadas pelo Estado, seja com emprego, seja com recursos liberados para ONGs, e se voltam contra os interesses dos moradores atingidos, estratégia adotada pelos