secagem de cavaco de madeira
A espécie de madeira mais utilizada no setor de celulose e papel no Brasil é a Eucalyptus Saligna, onde sua casca pode apresentar umidade média de 74,59% b.u, se tornando um dos maiores empecilhos para sua utilização.
Baseado nisso, Maria Eugenia de Paiva Souza defendeu sua tese de mestrado na Universidade Estadual de Campinas – SP, no Departamento de Energia, com o tema Transporte de Massa e Calor na secagem de cavaco de madeira, em 1994, focando em um modelo de secagem de meio higroscópico capilar poroso de cavaco de madeira, podendo se estender à casca.
O processo de secagem da madeira ocorre em três estágios, sendo:
período de taxa constante de secagem, onde a evaporação ocorre na superfície do material e a umidade livre migra para ela devido a força capilar;
período de taxa decrescente, quando a umidade da superfície cai abaixo do ponto de saturação da fibra;
segundo período de taxa decrescente, quando a frente de evaporação alcança o núcleo do material e não existe mais água livre contida nele.
Em 1982, Rosen desenvolveu um modelo matemático adequado para condições constantes de temperatura (107 e 112o C), umidade e velocidade dos gases de secagem (11 e 15 m/s), porém Kamke (1984) adaptou esse modelo para a serragem de madeira em secador rotativo para partículas com diâmetro médio de 2,6mm e temperatura do ar de secagem variando de 162 a 247o C na entrada do secador e de 65 a 96o C na saída e que conseguiu relativo sucesso na modelagem de secagem de serragem de madeira, que apresenta forma geométrica próxima a de uma esfera, relativamente homogênea.
Como os cavacos de madeira apresentam forma de placas, com espessura