MATÉRIAS-PRIMAS PARA PRODUÇÃO DE CELULOSE
O papel é um dos materiais mais importantes e versáteis que conhecemos e é difícil imaginar como seria o nosso diaa-dia sem ele. Suas propriedades químicas e físico-mecânicas permitem inúmeras aplicações. Assim, papéis que serão usados para escrita e impressão, como os usados em cadernos e livros, devem ser bem lisos e opacos; aqueles usados na produção de jornais não precisam ter grande durabilidade com relação à brancura, mas devem resistir à tração a que são submetidos nas máquinas de impressão. Já os papéis sanitários, guardanapos, papéis toalha e higiênicos e os usados em fraldas descartáveis e absorventes devem ser macios. Por outro lado, os papéis usados em embalagens
(caixas e sacos) devem apresentar boa resistência, pois não pode romper-se com facilidade. Os fatores que determinam essas propriedades dos papéis estão relacionados, principalmente, à matéria-prima, aos reagentes químicos e aos processos mecânicos empregados em sua produção.
1.1 HISTÓRIA
Desde os tempos mais remotos, o homem utilizou diferentes materiais para registrar sua história. Os primeiros suportes empregados foram às cascas e folhas de algumas plantas, rochas e argila, além de peles e ossos de animais.
Placas de madeira, recobertas ou não por uma fina camada de cera, e placas de metais, como o bronze e o chumbo, também foram utilizados para os mais variados fins.
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Dos produtos vegetais empregados para a escrita, o papiro foi o que alcançou maior importância histórica. Não se sabe ao certo o período exato em que ele passou a ser empregado com essa finalidade, mas acredita-se que os mais antigos datem de 3.500 anos atrás. O papiro foi amplamente utilizado na Antigüidade por egípcios, fenícios e gregos e, também, por povos da Europa durante a Idade Média. Entretanto, o seu escasseamento, associado à impossibilidade de importação em função das guerras, levou à procura de novos materiais para a escrita. Um dos principais
substitutos,