Salamanca do Jarau
Um gaúcho pobre, Blau, de nome, guasca de bom porte, que só tinha um cavalo gordo, o facão afiado e as estradas reais estavam, um dia desses, andando a tranquito pra ver se seus olhos encontravam o boi barroso que estava procurando, quando de repente viu um vulto branco... Uma face branca era o Santão da Salamanca do Cerro. Então os dois começaram a conversar e Blau foi dizendo as lendas de sua avó charrua para o Santo.
Na terra dos espanhóis, do outro lado do mar, havia uma cidade chamada Salamanca, onde havia os mouros, que eram mestres de magia. Eles guardavam o condão mágico que estava com uma fada velha que era, na verdade, uma princesa moça muito bonita. Os mouros que vieram para as terras pampianas encontraram o mesmo diabo deles, chamado Anhanguá-Pitã (diabo vermelho) que os deixou entrar em terras pampianas, mas tendo a missão de espalhar a cobiça e a inveja por estas terras, pedindo também à fada o seu condão, e transformando-a em lagartixa. Então Anhanguá-Pitã esperou as desgraças virem.
O Santão falou que certa vez a cidade estava muito quente, então foi a uma lagoa, onde a água borbulhava e se encontrava a lagartixa que uma vez era uma fada do diabo. Ao vê-la, rapidamente a pegou, sabendo quem ela era. Então fez cruzes e sepulturas... Mas de repente a lagartixa se transformou em uma mulher linda. Foi sendo provocado por sua beleza e acabou caindo em tentação...
Depois de ter dormido já algum tempo acordou se deparando com padres e santos, falando que estavam lhe condenando e que iria para o inferno sem poder sair.
Condenado ele iria ser morto ao som do sino, mas aquela linda mulher chamada Teniágua veio lhe salvar. Então ficaram juntos e foram para o Cerro do Jarau.
O Santo falou para Blau seguir em frente e ir até a Salamanca dizendo: alma forte e coração sereno, cada vez que se encontrasse em dificuldades. Assim, Blau foi andando e passando vários desafios malignos. Passou pela escuridão, por onças, mortos, línguas de