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LENDAS DA REGIÃO SUL DO BRASIL
Fonte da imagem: http://www.geocities.com/ociremac/folcloreorigem.htm
Eis algumas lendas que povoam o imaginário da Região Sul do Brasil: NEGRINHO DO PASTOREIO Nos tempos da escravidão, havia um fazendeiro rico, cruel com negros e peões e muito arrogante. Num dia de inverno, fazia muito frio e o fazendeiro mandou que um menino negro de quatorze anos fosse pastorear cavalos e potros recém-comprados. Escravo e órfão, o menino era maltratado por todos, principalmente pelos filhos do senhor, sofreu inúmeros castigos e barbaridades. No final do tarde, quando o menino voltou, o estancieiro disse que faltava um cavalo baio. Pegou o chicote e deu uma surra tão grande no menino que ele ficou sangrando. ‘‘Você vai me dar conta do baio, ou verá o que acontece’’, disse o malvado patrão. Aflito, ele foi à procura do animal. Em pouco tempo, achou ele pastando. Laçou-o, mas a corda se partiu e o cavalo fugiu de novo. Na volta à estância, o patrão, ainda mais irritado, espancou o garoto e o amarrou, nu, sobre um formigueiro. No dia seguinte, quando ele foi ver o estado de sua vítima, tomou um susto. O menino estava lá, mas de pé, com a pele lisa, sem nenhuma marca das chicotadas. Ao lado dele, a Virgem Nossa Senhora, e mais adiante o baio e os outros cavalos. O fazendeiro se jogou no chão pedindo perdão, mas o negrinho nada respondeu. Apenas beijou a mão da Santa, sua madrinha, montou no baio, são e feliz, e partiu conduzindo a tropilha. O Negrinho do Pastoreio é uma lenda de origem gaúcha, com fundamentos católicos e europeus, divulgado com finalidades morais. Foi muito contada no final do século passado pelos brasileiros que defendiam o fim da escravidão. É muito popular no sul do Brasil. A história fala a respeito da compensação e redenção divinas aos sofrimentos terrenos. A tradição popular concedeu-lhe poderes sobrenaturais, canonizando-o. Possui inúmeros devotos. Afilhado da Virgem,