Schumpeter
2013
Resenha dos textos A Teoria do Desenvolvimento Econômico – Capítulos I, II, III e VI;
A Instabilidade do Capitalismo e A Herança Schumpeteriana
A Teoria do Desenvolvimento Econômico (1911) foi a segunda grande obra de Joseph A. Schumpeter, porém, o próprio autor reconhece depois que os métodos e objetivos de sua obra eram fracos teoricamente, pois neste momento ainda pensava de forma diferente a respeito das relações entre pesquisa prática e teórica. Com o objetivo de explicar o desenvolvimento econômico, Schumpeter inicia sua obra apresentando um modelo de economia estacionário, baseado num fluxo circular da vida econômica, opondo-se à estrutura dinâmica que apresentada no capítulo II, momento em que aparece a figura central do empresário inovador.
No capítulo I, intitulado O Fluxo Circular da Vida Econômica Enquanto Condicionado por Circunstâncias Dadas, o autor antes de qualquer coisa, afirma que o campo dos fatos econômicos se delimita pelo conceito de comportamento econômico, já que todos devem ser ou depender de um “sujeito econômico”. Levando então em consideração um Estado organizado comercialmente, no qual vigora a propriedade privada, a divisão do trabalho e a livre concorrência, o fluxo circular dos períodos econômicos se desenvolve de forma rápida e, como em todo período econômico, o fluxo se repete do mesmo modo. O mecanismo da troca econômica opera com grande precisão e os períodos econômicos passados governam a atividade do indivíduo, ou seja, a experiência com as atividades anteriores. O autor afirma que todos os bens conseguirão encontrar um mercado, então podemos perceber que o fluxo circular da vida econômica é fechado. Ou seja, os vendedores de todas as mercadorias aparecerão novamente como compradores em medida suficiente para adquirir os bens que manterão seu consumo e seu equipamento produtivo no período econômico seguinte e no nível obtido até o momento. As famílias e as empresas tomadas