Saude
Foram muitos os problemas que deram origem à reformulação do sistema de saúde brasileiro. Podemos iniciar com o ano de 1500, onde a atenção à saúde era limitada aos próprios recursos da terra, plantas e ervas eram utilizadas por curandeiros, que desenvolviam suas habilidades na arte de curar. Com a vinda da família real ao Brasil, era necessária uma estrutura sanitária mínima, capaz de dar suporte ao poder. Até o ano de 1850, a atividade de saúde pública estava limitada a delegação das atribuições sanitárias as juntas municipais e ao controle de navios dos portos. Com o surgimento da república, na falta de um modelo sanitário para o país, houve a proliferação de epidemias, febre amarela, varíola, malaria, o que acabou gerando sérias consequências, tanto para a saúde coletiva como para os setores do comércio exterior, onde os navios estrangeiros não mais queriam atracar no Rio de Janeiro, em função da péssima situação sanitária existente na cidade. A péssima condição de saúde do trabalhador trouxe preocupação para as elites, mas na verdade, não se traduzia necessariamente pela questão do direito social ou da dignidade humana, e sim ligada aos interesses econômicos em manter o trabalhador sadio para a produção, principalmente no contexto agrário. Logo surgiram os movimentos operários, então foi aprovada pelo Congresso Nacional, a Lei Eloy Chaves, marco inicial da previdência social no Brasil, com a criação do CAPs (Caixa de Aposentadoria e Pensões), foi a primeira vez que o Estado interfere para a criação de um programa a fim de garantir algum tipo de assistência ao trabalhador. Mas, o direito ao CAPs era desigual, somente tinha direito as empresas ligadas a exportação e ao comércio, atividades que na época eram fundamentais para o capitalismo no Brasil. No ano de 1930 a 1964, conhecido como “Era Vargas”, houve crise do regime populista, na tentativa de implantação de um projeto de