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30 de janeiro de 2013 por Flávio Gikovate | 3 Comments Muitos pais hesitam em impor castigos e limites aos filhos, por medo de perderem a sua estima, e mesmo a guarda deles, se um dia o casal vier a se separar.
Precisamos pensar seriamente em como estamos educando as crianças, já que é na infância que se estabelecem os processos psíquicos que irão nos acompanhar pelo resto da vida.
Parece estar havendo, hoje, uma grave inversão de valores: os pais passaram a ter mais medo de perder o amor dos filhos do que os filhos, o dos pais.
Como o pavor de perder o afeto e a admiração dos pais sempre foi o grande incentivo para as crianças aprenderem a se comportar de acordo com os padrões do seu meio cultural, hoje a maior parte dos adultos se vê sem meios para educar e agir com firmeza.
Essa situação pode ser muito agradável para as crianças, mas só em curto prazo. Elas não têm que enfrentar muitas situações de frustração – aliás, é incrível como se confunde frustrar com “traumatizar” –, e o que acaba acontecendo? Tornam-se absolutamente despreparadas para lidar com esse tipo de dor psíquica.
Todos nós sabemos que a vida contém uma boa dose de frustrações; os que crescem despreparados para absorver esse sofrimento serão os mais fracos.
Terão de fugir de situações novas e de desafios, pois nunca se sabe quando haverá o sucesso e quando o fracasso.
Não terão docilidade para enfrentar suas amarguras: serão pessoas que gritam e esperneiam de tudo o que as desagrada.
Terão que agir como tiranos, tentando sempre dobrar a realidade à sua vontade. Tentarãocontrolar tudo, inclusive as pessoas com as quais convivem e das quais dependem.
Além disso, a pouca firmeza e falta de autoridade dos pais fazem a criança sentir-se insegura e desamparada. Perceber que existem limites, que os adultos sabem o que é bom para ela, deixa-a com a sensação de proteção.
Muitas vezes a criança comete deliberadamente um ato absurdo, apenas para