Sara
A produção da mais valia pelo capital desembolsado C no processo de produção ou o aumento do valor do capital desembolsado C evidencia-se, inicialmente, no excedente do valor do produto sobre a soma dos valores dos elementos que constituíram o capital C.
Este capital C está disposto entre capital constante e capital variável. O primeiro é a soma em dinheiro c gasto com meios de produção, já incorporado nas mercadorias utilizadas – para Marx, o valor é simplesmente transferido para a nova mercadoria, e ao fluir, é transferido. É importante ressaltar que há grande diferença entre transferências físicas e as de valor, pois a matéria-prima está incorporada a mercadoria, e as máquinas não podem criar valor algum, frequente “fetiche”, pois elas apenas transferem seu valor para a mercadoria durante o processo de trabalho. Temos também o v (capital variável) gasto com a força de trabalho, os trabalhadores. Neste caso, o trabalho morto é ressuscitado e incorporado no valor da nova mercadoria por meio do trabalho vivo.
Esses dois capitais estão interligados entre si, pois se os trabalhadores resolvem parar seus ofícios com as máquinas (meios de produção), o capital constante será afetado pela diminuição de transferência de capital da máquina para o produto final – o trabalhador pode vir a ter grande poder por causa disso. O trabalhador também adiciona valor incorporado ao tempo de trabalho necessário nos produtos, porém, gastam seu dinheiro, resultado do valor produzido por eles, pagando suas necessidades básicas, ou que querem ou desejam. No primeiro instante, o capital variável se utiliza do processo M-D-M quanto ao trabalhador, pelo consumo, e então o capital variável também diz respeito ao mais-valor, a produção além do preciso pelos os trabalhadores.
Primeiramente temos a razão entre capital constante e variável, c/v, a qual mede a produtividade do trabalho, o valor dos meios de produção que uma única unidade de valor de força de trabalho