SARA
A síndrome da angústia respiratória aguda (SARA) é descrita como um quadro de lesão pulmonar aguda, associada a um edema pulmonar, não hidrostático e hipoxemia severa, não cardiogênico e caracterizada pelo aumento da permeabilidade da membrana alvéolo-capilar, acompanhado de altas taxas de mortalidade, entre 10 e 90% (média = 50%), dependendo do fator etiológico.
Apesar de a SARA ter sido descrita há mais de trinta (30) anos, várias dúvidas ainda persistem quanto à sua definição, fisiopatologia e tratamento, em decorrência da complexidade e diversidade dos fatores envolvidos.
As anormalidades patológicas do pulmão, na SARA, originam-se da lesão grave da unidade alvéolo- capilar. O extravazamento do líquido intravascular predomina no início e, à medida que o processo evolui, o edema é substituído pela necrose celular, hiperplasia epitelial, inflamação e fibrose, caracterizando uma lesão alveolar, difusa. A SARA pode ser dividida em três fases, sendo cada fase variável de acordo com o tempo e a evolução clínica da doença: a “fase exsudativa”, de edema e hemorragia, a “fase proliferativa”, de organização e reparação, e a “fase de fibrose.
QUADRO CLÍNICO = Os três principais são= Taquipnéia, hipoxemia (de intensidade variável), diminuição da complacência pulmonar, infiltrados pulmonares na radiografia de tórax.
TRATAMENTO = Independente da etiologia, quase todos os pacientes que apresentam SARA necessitam de suporte ventilatório. A ventilação mecânica tem como finalidade propiciar aos pulmões o tempo necessário para se recuperarem da injúria aguda, onde os principais objetivos do tratamento ventilatório são: manter a troca gasosa, evitar as lesões pulmonares, associadas ao suporte ventilatório, ou seja, barotrauma, a toxicidade pelo oxigênio e ao que chamamos, nos dias de hoje, de “volutrauma”.
No entanto, qualquer que seja a modalidade ventilatória empregada, devem ser observados os seguintes pontos:
• manter uma SaO2 > 91%;
• a pressão de