Saiba Mais 1981 1990
DEMOCRACIA E NEOLIBERALISMO EM CONTEXTO DE CRISES ECONÔMICAS E REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA NOS ANOS 1980.
A década de 1980 é carregada de simbolismos. Impactantes acontecimentos têm seu clímax nesses anos ou então neles deslancham seus processos. A singularidade dos mesmos é tanta que, o renomado historiador inglês Eric Hobsbawm considera essa a última década do século XX. O século que ele denomina de breve, na sua acepção, teria começado em 1914, data da eclosão da Primeira Guerra Mundial, e terminado em 1991, ano do colapso oficial da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, que acarreta a extinção do sistema bipolar de poder da Ordem Mundial e, por conseguinte, do próprio ordenamento das relações internacionais até então vigente.
Mais sensacionalista, o norte-americano Francis Fukuyama declara, em 1989, após a queda do Muro de Berlim (1989), o fim da própria História e anuncia o pensamento único no circuito de um sistema político, econômico e social democrático (mais tarde ele reconsidera sua assertiva).
Fala-se do fim da era industrial e advento da era da informação, face à revolução causada no modo de vida e de trabalho, com o emprego da informática e dos robôs, pioneiramente, nas cadeias de produção das indústrias automotivas. O computador torna-se pessoal e instala-se, gradativamente, no quarto dos jovens dos países mais ricos, que ouvem música em walkmans, tocando a partir da leitura do Compact Disc (CD). Os CD-Rom(s) dão alento à nova era digital. Os videocassetes se disseminam e aquecem o mercado do entretenimento audiovisual.
Um produto do medo da Guerra Fria, a ARPANET (surgida nos Estados Unidos, nos anos 60, originalmente um sistema de rede fechada desenvolvido para proteger, de forma descentralizada, informações importantes e sigilosas para os militares) ganha, progressivamente, nova feição quando é criada, em 1989, a World Wide Web (WWW), sistema que interliga sistemas.
Dois acontecimentos marcantes na URSS acontecem nessa década na