saberes e praticas para uma educaçao antiracista.
Um grande desafio da humanidade e principalmente da educação no século XXI, passa a ser o debate sobre as relações étnico-raciais. Alguns fatos sinalizam para o reconhecimento de insuficiência de produção sobre a temática nos ciclos de alfabetização, portanto se faz necessário investigar as possibilidades para implementação da lei e a necessidade de avaliar os limites encontrados, para a garantia de condições na efetivação da Lei 10.639/03 em âmbito nacional. Este olhar sobre a educação infantil, onde crianças ainda estão em formação de suas identidades, ainda não sofreram um acúmulo intransponível de referencias negativas, introjetadas historicamente pelas dinâmicas sociais e pela escola, que se tornam espaços de repercussão e reprodução do racismo, deverá ser decisivo para construção de uma perspectiva emancipatória. Descrever as ações, saberes e práticas que estão sendo desenvolvidas no interior de 2 (duas) escolas publicas de Belo Horizonte no âmbito das relações étnico raciais e suas perspectivas para uma educação infantil anti racista, pluricultural, pluriétnica serão objetivos gerais. Publicações e pesquisas sobre essa temática no ciclo de alfabetização não são facilmente detectadas, pouco conhecemos o que tem sido produzido nesse campo. Na obra de Rita de Cássia Fazzi, “O drama racial de crianças brasileiras”, verificamos que os resultados de pesquisas e reflexões teóricas, apesar de incipientes e nem sempre conclusivas, revelaram a complexidade das relações raciais nesta fase etária. Destacaria com ênfase a citação do antropólogo doutor Kabengele Munanga, que expõe o desafio da educação na mobilização à compreensão, afirmação e reabilitação da identidade cultural, e da personalidade própria dos povos negros. A pesquisa será fruto de uma convivência intensa com crianças do ciclo de alfabetização em 2 escolas pública da rede estadual de Belo Horizonte, para alunos de 6 a 10 anos. Para esta pesquisa optou-se por realizar