Rádio e futebol - Uma nação brasileira

Rádio e Futebol: Uma nação brasileira

O futebol e o rádio tem decerto papel fundamental na formação do que conhecemos hoje como a identidade nacional do brasileiro. O futebol é hoje a pólvora que ascende de quatro em quatro anos uma chama patriota que une o povo brasileiro no maior evento do futebol, e não há outra ocasião que o brasileiro demonstre mais patriotismo do que nesta. A rádio, disseminou o estereótipo do nosso povo, a miscigenação, a capacidade de subvertes as adversidades, a malandragem. O rádio surge no país com uma proposta elitista, vai se popularizando com o tempo, surgem propostas educacionais e é nessa fase, quando as narrativas radiofônicas começam a atingir as massas é que este meio de comunicação se torna um dispositivo que formaria uma identidade nacional. A partir dos anos trinta, a publicidade entra em cena, ditando moda, modos, pensamentos e pontos de vista, Getúlio Vargas, então presidente do país, concedeu a entrada da publicidade e usou da mesma para plantar no povo o ideal que ele propunha para uma identidade nacional. Vargas fortificou a ideia de que a miscigenação brasileira era o ponto forte do nosso sucesso como nação, um pais feito de muitos povos tende ao sucesso por ter várias referencias de progresso. O governo de Vargas passou por várias fase, dentre elas o governo provisório, a república e o Estado Novo e em cada um delas ele usou o rádio de maneira intensiva. Sua propaganda política, a disseminação de ideias e a imposição de ideias eram constantes na voz do presidente. Durante o Estado Novo, por exemplo, ele criou a DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), um instrumento de censura que era um sinal claro do poder que o meio de comunicação tinha, Getúlio não só plantava como também controlava os frutos que poderiam ser retirados desse instrumento de comunicação. Em 1937 com a Radio Nacional nas mãos do governo foi criada a Hora do Brasil, instaurando uma horário diário em que poderia se esculpir um ideal de